sábado, 26 de abril de 2008

Um momento retrô

Tem certas épocas da vida em que a gente fica meio nostálgico. Talvez por saudade do que já passou, mas na verdade acho que é porque a gente está é ficando velho mesmo.

Dias desses estava fuçando o orkut e achei uma comunidade de um filme que marcou minha infância: "As sete faces do Dr. Lao". Marcou mesmo! Fiquei algumas noites sem dormir por causa do dragão de sete cabeças... claro, temos que levar em consideração o fato de eu ser uma indefesa criança de sete anos que morria de medo da Cuca e do Hulk (por coincidência, dois personagens verdes). Com o passar do tempo, é claro (e também depois de ver inúmeras vezes o mesmo filme na Sessão da Tarde), o medo se transformou em fanatismo.

Os filmes a que eu assistia, naquela época, eram todos meio parecidos. Toscos, na verdade. Mas é justamente aí que está a beleza da coisa. Na tosqueira. E é esse o grande atrativo desses filmes, que os transformam em clássicos (ou, como diz um amigo meu, crááássicos!) e que fazem a nostalgia bater mais forte. Ah, é claro, esqueci-me de situar você, leitor guerreiro: minha querida (e não muito distante, hahaha) infância foi na década de 80, aquela dos mullets, cubos mágicos, teclados do A-Ha, Armação Ilimitada e tudo mais. Mas voltando à tosqueira, ou melhor, aos filmes, vamos aos fatos que comprovam o "poder de sedução" dos velhinhos:

A primeira trilogia Star Wars, cheia de efeitos da idade da pedra lascada, é muito mais bonita do que a segunda. Quem não queria ter aquelas espadas a laser e um robô C3PO? Os efeitos especiais atuais são modernos, mas a imaginação daquela época era bem mais divertida. O Hulk com Lou Ferrino me dava medo (já falei isso?); o novo Hulk, digital, ao contrário, me fez dormir no cinema. O Superman com Cristopher Reeve é mais legal do que o atual (que só tem como atrativo o Kevin Spacey, perfeito como sempre). Pense bem em como tudo aquilo era novidade: um super-herói cruzando o céu como um avião, tudo aquilo que a gente só conseguia imaginar ao ler nas revistinhas, transformado em realidade... e com efeitos especiais! Fantástico! Falando em fantástico, como não lembrar da História Sem Fim, e seus personagens além da imaginação... como eu almejava voar naquele cachorro gigante... ah, tempo bom...

Parando para pensar nessa sessão "tempo bom que não volta mais", me veio à mente uma teoria um tanto lógica: da mesma forma que eu estou aqui, saudosista, alguém que viveu os anos 50 também deve ter ficado pasmo com a década oitentista e ter exaltado sua infância; sendo assim, lá pelos idos dos anos 2040, minha futura filha, Alice, também olhará com saudade para a década de 2010, na qual (espero eu) ela passou sua infância feliz assistindo aos filmes bons e ouvindo as músicas boas daquela época. Acho que, na verdade, é sempre assim: ninguém está satisfeito, e só o que você gostou ou viveu é bom. Mas se não for assim, qual a graça?

Caramba. Comecei me lembrando de um filme e terminei fazendo planos para minha prole que ainda nem existe! Estou começando a ficar com medo desses textos. Mas, voltando à linha de pensamento, peço que me entendam: não estou dizendo que não existem filmes bons depois da década de 90. Só digo que é deles que sinto saudade; hoje, se sentar para assistir a algum daqueles filmes, será por pura diversão.

Já está na hora de terminar essa crônica, e nesse ponto eu sempre tenho problemas. Nunca consigo finalizar decentemente um texto! Vou começar a escrever do fim, na próxima vez. Assim, a inspiração vai ficar toda no "the end", e eu não precisarei ficar inventando coisas para que você, guerreiro que lê essas baboseiras, chegue até o final... bom, é isso, é o fim da crônica. Ah, claro, seja você também um nostálgico! Não faz mal e só lhe trará lembranças boas. Faça um teste e depois me diga se não é verdade o que acabo de dizer...






Esse texto foi escrito ao som de:
Bizarre love triangle - Frente!
Hollow - A Perfect Circle
What Can I Do - The Corrs
O Vencedor - Los Hermanos
Autumn Song - Incognito

um beijo para o Luiz, meu fiel leitor, redator e incentivador.
abraços para os leitores dessas linhas tortas e toscas.
e o sonho de ser legal ainda persiste...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Abrindo essa bagaça

Sim, me rendi ao mundo dos blogs.
Foi uma luta cruel porque meu lado tímido (todo aquariano tem um) me dizia: "não, não faça uma bobeira dessas, ninguém vai ler essa porcaria". Já a minha porção narcisista (sim, aquarianos são extremamente narcisistas) dizia: "PQP!! Se qualquer mané faz um blog, por que você não faria um? (perdoem-me os manés, mas meu lado narcisista é meio grosseiro)". Pois então, criei o bendito.
Agora você deve estar se perguntando sobre o porquê desse nome ridículo (meu sonho é ser legal? como assim?). Pois é. Navegando aleatoriamente na net, achei diversos blogs bacanas. Pensei comigo: putz, será que um dia conseguirei escrever como essas pessoas e ter um blog legal desses? Foi aí que a ficha caiu. Ops, eu não sou legal! Quero ser assim também!! Quero ter um blog bacana e receber comentários bacanas! Então, com essa historinha ridícula, eu explico a você, que está aqui pacientemente lendo essa besteirada, o motivo de ter criado um blog com esse nome.
A intenção desse trem aqui é colocar na net os meus textos (que, aliás, ainda serão escritos). Ah, fala sério. Não é nada disso. A intenção mesmo é para eu aparecer. Não, não. É para mostrar os textos mesmo. Agora estou falando sério.
Pois então, agradeço a paciência, pois se você chegou até ao final desse texto, pode ser considerado um guerreiro.
Até a próxima oportunidade, na qual (eu espero) haverá um texto um pouquinho mais inteligente que esse...