terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Carta da Alice ao Papai Noel

Querido Papai Noel.

Em primeiro lugar: eu me comportei!!! (embora, se o senhor for tentar confirmar isso com a mamãe, ela vá reclamar, reclamar, reclamar e lembrar do uniforme de judô que mofou porque eu não tirei da mochila pra lavar. Mas pode perguntar pro papai, que ele vai dizer que eu me comportei, sim. O papai é sempre bonzinho).

Eu não vou falar que comi legumes, fiz todo o dever de casa, respeitei os mais velhos e não assisti à TV até tarde porque isso é tudo mentira, e eu sei que o senhor não gosta de mentiras. Pra falar a verdade, eu odeio legumes. Eu jogo todos para o Skywalker, o meu cachorro, sabe? E ele é o único cachorro que eu conheço que gosta de legumes. E o papai diz que eu sou a única criança no mundo que daria o nome Skywalker a um cachorro. Mas é que eu vi sobre ele num dos textos da mamãe, achei o nome bonito. Eu já estou divagando. Na verdade eu não sei o que significa divagando, deve ter a ver com gente lerda, não é? Divagar, devagar, são palavras parecidas. Toda vez que eu começo a fugir do assunto, a mamãe diz que eu estou divagando. O papai grita de lá do quarto que mamãe faz isso o tempo inteiro e ela pára de pegar no meu pé.

Bom, voltando ao que eu fiz (ou não fiz) durante esse ano: o dever de casa, bom, esse eu posso explicar. Não é que eu não goste de estudar. Eu gosto, sim! O problema é que o dever de casa que a professora passa é chato. Eu gosto de escrever. Eu já escrevi um monte de redações e sempre levo pra escola. Mas a professora fala que eu escrevo igual adulto e que tudo tem que ter o seu tempo, que eu tenho de me preocupar com o dever de casa e não com os textos que eu levo. Então, eu fico com raiva e deixo o dever pra lá! Mas no ano que vem eu vou fazer tudinho, eu prometo! E eu até já passei de ano, sem dever mesmo.

Respeitar os mais velhos... bom, é assim: eu até que respeito. O problema é que tem “mais velho” que parece mais novo que eu, e fica complicado de respeitar. Mas eu tento, o máximo possível. Ah, mas os meus pais eu respeito! Até porque, se eu não respeitar, o bicho pega! E quanto à TV... é que tem tanto programa bom passando de noite que eu prefiro assistir à TV depois da novela. A mamãe reclama (aliás, a mamãe reclama tanto! Nunca vi alguém assim), mas no final ela acaba assistindo comigo, então, tenho um desconto nessa, não é, Papai Noel! Tenho o consentimento familiar!

Cá estou eu “divagando” de novo. Acho que o senhor não quer saber da minha vida, porque provavelmente já sabe isso tudo, não é? Eu deveria pedir o presente. É que na verdade, Papai Noel, eu não sei o que pedir. Eu já sei que o papai vai me dar uma bicicleta nova e dizer que foi o senhor que mandou, porque ele faz isso todo ano. E a mamãe, ah, com certeza ela vai surgir com um cubo mágico, um bonequinho de playmobil ou qualquer outra velharia da época dela e dizer que é “um clássico!! Eu sempre quis ter um desse, na sua idade!!” e eu vou agradecer e colocar no canto do quarto, como sempre.

Eu estava pensando em pedir a paz mundial, mas a Sofia, minha amiga da escola, disse que todo mundo pede a paz mundial. Então, como já tem esse pedido, eu acho que o senhor pode dar só a paz pros vizinhos do 305, porque eu não agüento mais as brigas deles. E parece que eles só brigam quando eu sento pra estudar oboé. A Sofia disse que eu sou doida de estudar oboé, que é instrumento de maluco. Eu ando pensando que realmente eu não devo ser normal. De qualquer forma, já seria um presente, sabe? Silêncio enquanto eu estudo, seria ótimo!

Papai Noel, eu acho que eu fiz uma carta muito grande. Falei, falei, falei e não disse nada! Então, vamos combinar uma coisa? Faz o seguinte, deixa a minha vida assim, do jeitinho que ela está, que já está muito bom! Me dá só mais felicidade que eu já fico satisfeita. Não é que eu não seja feliz. Eu sou, mas eu quero ser mais! E felicidade a mais não faz mal a ninguém. Cuida bem dos meus avós, que eu gosto tanto deles! Ah, e olha pelo papai, pela mamãe e pelos meus tios (para eles deixarem de ser tão doidos). Manda um beijo pra vovó do céu, que de tanto a mamãe falar dela pra mim eu sinto que sempre conheci! Ah, atende o pedido da Sofia, também. Eu sei que ela vai pedir pra casar com o Orlando Bloom (um ator aí que a mãe dela era apaixonada) quando crescer. Mas esse o senhor não atende não, dá só o brinquedo que ela pedir. E então é isso! Obrigada e até o ano que vem!


Beijos,


Alice.





---------------------------------------------------------------------------------------------
Tá, tudo bem, dessa vez eu viajei. Essa seria a Alice, daqui a alguns anos (alguns anos MESMO), escrevendo pro Papai Noel. Mas é desse jeito, desse jeitinho aí, que eu imagino que a minha Alice vai ser quando vier ao mundo. Se ela for só a metade do que eu espero, já estará bom.

A idéia dessa carta surgiu por causa de outra: a carta do Victor, um garotinho de 6 anos que eu nem conheço, mas que escreveu para o Papai Noel e deixou a cartinha nos correios, para, quem sabe, ganhar um presente. Eu decidi ser a “Mamãe Noel” dele. Quer fazer o mesmo e ter um Natal diferente? Vá aos correios de sua cidade e adote uma cartinha. Tem muita criança por aí esperando por esse presente. E se eu não voltar por aqui antes do Natal (o que provavelmente acontecerá), desejo a você, leitor guerreiro que ainda agüenta o que eu escrevo, um feliz Natal e muitas felicidades no próximo ano! Que virá com mais textos, mais devaneios e mais “sonhos de ser legal”!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu só quero escrever

Pronto. Tudo o que eu queria dizer hoje está no título. Eu me cansei desse negócio de métrica, de metalinguagem, de tentar fazer algo bonitinho. Na verdade, o que eu quero - e sempre quis mesmo, devo frisar - é escrever. O que me der na telha, o que eu acho interessante, e não o que os outros acham bonito. Quer escrever bonito? Então escreva você!

É claro que (e nesse ponto você estará certo) você pode me dizer que isso vai de encontro ao meu sonho de ser legal. Afinal, se eu almejo que as pessoas me achem cool eu devo no mínimo tentar agradá-las. Eu tento, mas quer saber? É demais para mim. Pessoas são difíceis demais de se agradar. Eu então, que até que se prove o contrário também sou uma pessoa, sou praticamente impossível. Sou a "excelência em exigência". E é justamente por me tomar como exemplo que eu desisti de fazer textinhos garbosos e pomposos. Quero mesmo é reclamar, falar mal, fazer piada, e que se dane quem acha que eu deveria "pensar melhor antes de colocar no papel". Quem pensa demais demora 40 anos para descobrir que casou com a pessoa errada e que só seria feliz se tivesse fugido no altar com o namoradinho da adolescência.

Se eu sou uma boa escritora e se tem gente que gosta, não sei, não me importa. Na verdade, escrever para mim é terapia. Me estresso, extravaso tudo no papel; explodo de felicidade, então o caderninho vai ser o primeiro a comemorar comigo. Simples, não? O mesmo processo da criança que ganha um diário e nele conta todas as suas aventuras. "Querido diário, hoje caí da bicicleta e a mamãe falou que eu não preciso ir pra escola. Oba!". É essa a emoção que eu sinto quando escrevo. Pouco ligo se eu não concordar o verbo com o sujeito. Pode ser que o sujeito seja tão mal-encarado que o verbo fique com medo e vá embora, hahaha.

Alguém poderia me perguntar: de onde saiu tamanha revolta? Pois é, não sei. Talvez seja reflexo da crise de 29 que se aproxima. Talvez seja apenas cansaço, mesmo. Tem horas em que a gente cansa. Muito provavelmente, daqui a algum tempo, eu vou ler novamente esse texto e achá-lo ridículo. Mas o que importa é que, por hora, ele cumpriu seu propósito. E agora, se me dão licença, eu vou é escrever, que é o melhor que posso fazer. Ou não!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Desapego

A gente tem umas manias estranhas. Acho que a mais estranha delas é essa de se apegar às coisas, ou às pessoas. Eu, por exemplo, tenho um mini travesseiro que me acompanha, veja só, desde o meu nascimento. Não consigo dormir sem aquele pedaço de espuma velho. Eu até tento me livrar dele, mas não consigo. Já se transformou em parte da minha vida.

Com as pessoas não é diferente. Todo mundo tem uma certa fissura por alguém; não adianta falar que com você não é assim. Pára um pouquinho e pensa: em algum momento da sua vida isso lhe ocorreu. Quer ver um exemplo? Os pais. Quando os filhos(as) arrumam namorados(as), e a coisa começa a ficar séria, os pais entram em desespero. É um tal de “ela não serve para você, meu filho”, ou então “esse moleque não presta, minha filha”; e quando a família tem posses: “só tá interessado(a) no nosso dinheiro”. Isso tudo é porque eles simplesmente não suportam a idéia de perder seus queridinhos para outra pessoa. E não só eles são assim. Quando surgem novas amizades na vida de alguém, aquele amigo que foi “trocado” também fica mal. Começa a ficar ciumento. Quer o amigo só para ele. Não sai de casa, entra em depressão. Até que ele, também, consegue outras amizades, e a coisa se inverte.

É por essas e outras que eu, a partir de agora, farei (e sugiro a todos) a técnica do desapego: vou tratar de não me ligar em nada, ou melhor, vou me ligar em várias coisas ao mesmo tempo. Vou arrumar mais de um hobby, dessa forma não me vicio em um só; amigos, então, vou colecionar aos montes. Vários namorados? Essa, realmente, me parece uma excelente idéia! Ah, já estava me esquecendo: bichinhos de estimação. Além do cachorro, vou arrumar papagaio, tartaruga, peixe... tudo para que quando um falte eu tenha outro logo ali, por perto.

Alguém pode dizer, então, que a melhor técnica de desapego é simplesmente não ter nada, nem ninguém. Mas aí perde a graça – a pessoa se transforma em rabugenta. E ninguém quer ser amigo do Sr. Scrooge (aquele que foi visitado pelo fantasma do natal passado, lembra?). Então, o lance é ter tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Assim, corre-se bem menos risco de sofrer com a perda. Aconselho o mesmo a você que também passa por essas situações. E viva o desapego!


(P.S.: Esse texto revoltado nasceu após uma noite mal-dormida, por conta de não ter encontrado meu querido travesseirinho... ele me paga, assim que eu achá-lo!)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Crise de 29, prólogo

Não, esse não é um texto sobre história, nem sobre política. Do famoso "boom" da bolsa de Nova York só peguei o título emprestado. Estou pensando, mesmo, é na minha crise de 29. Vinte e nove anos de idade. Ainda está relativamente longe, faltam seis meses, mas eu já ando estressada desde já.

O meu problema, eu imagino, está no número nove. Não entendo desses modismos de cabala, astrologia e besteiras afins, mas se acreditasse nisso muito provavelmente o nove na minha vida seria alguma coisa muito ruim ou muito louca. Aos nove anos de idade, eu surtava antes das competições de natação. Só "pegava no tranco" depois de uns bons berrros do treinador. Aos dezenove, precisei de terapia para me convencer de que não morreria quando completasse vinte anos (é, eu passei por um período paranóico nessa minha vida severina. Vai dizer que você nunca foi assim?). Agora, a alguns meses de completar vinte e nove, essas loucuras retornam à minha mente. Começou a pesar o fato de que em um ano e meio deixarei a casa dos 20. Estou perto de me tornar uma mulher de Balzac! Hoje, também, eu olho para trás e tento recapitular o que já fiz de bom. O que eu deixaria de legado se fosse banida da Terra hoje, vinte e oito anos depois de chegar aqui? Se me perguntassem isso, precisaria de um tempo para responder.
Uma vez, há alguns anos, coloquei no papel as coisas que queria fazer a curto prazo. Me formar na faculdade e de preferência, deixar a pós no gatilho; arrumar um emprego novo e um salário decente; praticar um novo esporte; fazer uma viagem ao exterior; tirar a carteira de motorista; aprender a tocar um outro instrumento musical. Passados três anos, até que eu consegui bastante coisa: A faculdade, eu terminei; a pós vai ficar pra mais tarde. O emprego é novo; o salário... bom, esse vai melhorando aos poucos. Além da natação, agora eu também pratico judô e recentemente, Jiu-jitsu. As aulas de baixo acústico já estão encaminhadas, e ainda tenho pouco mais de um ano para correr atrás da carteira de motorista. A viagem ao exterior, a curto prazo, vai ficar difícil. Mas ainda está nos planos.

Uns dias atrás eu fui ao médico e ouvi dele um termo engraçado: estou na fase da "adultescência". Segundo ele, até completarmos 28 anos, ainda não somos adultos "de fato", embora já o sejamos "de direito". Esse é o tal período de formação em que corpo e mente deixam de agir como adolescente e passam realmente a ser a parcela séria da sociedade. Não sei se serviu para me animar ou para me derrubar. Espera aí, quer dizer que só agora eu sou adulta? Fui enganada! Vou ter de começar tudo de novo!

Mas então, o 29 está chegando e eu me preocupo com as coisas surreais que podem acontecer, dado o meu grau de esquisitices. Eu sei que já deveria ter desencanado. Todos falam que a idade é só mais um número em nossas vidas. Pode até ser. O fato é que já estou com "caraminholas na cabeça", como diria minha avó. Nem sei porque resolvi falar disso. Acho que só precisava mesmo compartilhar com você, leitor (você ainda está aí? depois desse tempo todo...), mais uma das minhas esquizofrenias. Eu disse esquizofrenia? Hum, isso me deu uma idéia... mas é melhor deixá-la para o epílogo!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Um zero e as letras

Estou passando por um momento de "crise literária". Para falar em bom português, não sei o que escrever. Você já deve ter percebido isso, se observou a data do meu último texto. Pois bem, como eu não sei falar de outra coisa a não ser de mim mesma (narcisista? imagina!), vou contar mais uma historinha da minha vida, hahaha. Essa é legal, você vai até gostar.

Para quem não sabe (e pra quem sabe também), minha formação acadêmica é em Letras/Inglês. É justamente aí que mora a grande ironia da minha história de hoje. Eu, hoje formada, só escolhi a faculdade num momento de pura revolta e desejo de competição. Meio estranho, não? Pois é, mas eu sou extremamente competitiva e odeio perder. Sempre fui assim desde pequena. Lembro-me das brigas homéricas que tive com a Blanca, minha melhor amiga da época de natação, porque as duas queriam chegar em primeiro e quando uma perdia, passava a ser a chacota da outra por uma semana. Nós brigávamos, mas logo a paz se restabelecia. Até a próxima competição, claro.

Está bem, mas o que isso tem a ver com a minha graduação? Tudo. Eu só escolhi as Letras porque eu perdi. Para mim mesma. No vestibular. Se eu não tivesse me dado mal naquele vestibular, lá atrás (caramba, isso já faz oito anos! estou velha mesmo), seria hoje uma advogada (ai Jesus, que perigo) formada pela tradicional UFOP, de Ouro Preto. Acontece que no meio do caminho havia uma pedra, ou melhor, uma prova de inglês. E eu tirei zero. Isso mesmo, eu fiz o favor de zerar a prova de inglês e jogar pelo ralo a sensacional redação que eu havia feito na prova. Nem eu mesma acreditei que tinha sido escrita por mim. Eu parecia possuída, é sério! Mas de nada adiantou, uma vez que é condição fundamental para a aprovação ter uma pontuação mínima em todas as matérias. Eu consegui o mais difícil: De dez possíveis, acertei seis questões de física. E eu a física nunca fomos lá grandes amigas.

Na hora da prova de inglês, eu fui uma verdadeira displicente. Achei o texto fácil. "Isso aqui? Moleza! Faço em dez minutos". Claro, o texto não estava tão fácil assim. Era cheio de cognatos e pegadinhas. E foi nelas que eu caí. Dez questões. Nenhum acerto, aliás em muitas delas eu passei longe. Não fosse a minha displicência, teria dado mais atenção àquela prova. Lição anotada e aprendida, logo que vi o resultado. Pela minha pontuação, teria sido aprovada, mas não consegui a vaga por causa daquele zero infeliz. Nem preciso dizer o quanto fiquei decepcionada. E o quanto me irritei ao voltar à minha realidade de estudante de pré-vestibular derrotada. Me senti como um atacante que perde o pênalti na final do campeonato.

Ah, mas aquele zero idiota não ia ficar rindo da minha cara. Não, mesmo! A minha primeira providência foi retornar ao cursinho de inglês. Afinal de contas, eu ainda desejava ser advogada (ou jornalista, mas disso eu acabei desistindo, outra história traumatizante) e para isso teria de ir bem em todas as matérias. Ou seja, nada de inglês vagabundo. Dessa vez eu ia ganhar aquele jogo. Ah, claro. Não tive como bancar dois cursos ao mesmo tempo. Decidi abdicar temporariamente do pré-vest e da faculdade para me dedicar ao inglês. Até ter capacidade para conseguir uma nota de respeito, o que, do alto do meu perfeccionismo exagerado, deveria ser acertar todas as questões da prova.

Dois anos depois, lá estava eu, ainda obstinada em reverter minha derrota vexatória. Nesse período, tive sonhos estranhos, em que zeros gigantes me perseguiam pelas ruas. Ou então eu era engolida por um zero quando tentava novamente fazer a prova do vestibular. Aquilo já estava me deixando irritada. Já estava se transformando numa questão de honra. Eu nem me importava em passar no vestibular, queria mesmo era ir bem na prova de inglês. Foi nesse momento que as Letras entraram na minha vida. A professora de inglês sugeriu o curso, e não é que a idéia me pareceu interessante? Afinal, se eu chegasse ao fim com boas notas, conseguiria derrotar, espezinhar, amassar, estraçalhar aquele zero humilhante. E minha vingança seria completa.

Bom, o resultado foi que eu passei no vestibular (acertando todas as questões de inglês), ralei bastante, tive uma relação de amor e ódio com o curso, mas o saldo final foi positivo. Por fim, não tenho mais pesadelos com zeros me perseguindo. Posso dormir tranqüila, pelo menos até que o próximo desafio entre na minha reta...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Houston, we've got a problem...

Ando meio preocupada com algumas coisas. Especialmente com a mediocridade das pessoas. Sabe aquela máxima do "não sei fazer, mas faço nas coxas"? Isso acaba com a boa imagem de qualquer cidadão.

O que ocorre ultimamente com quase todo mundo é justamente isso. Tem gente que não sabe determinada profissão, ou não tem habilidade para alguma coisa, e sai se metendo a fazer de qualquer jeito. Se você não for bom, é passado para trás, concorda? Deveria ser assim. Deveria, mas não é. Hoje reina nesse mundo de meu Deus o universo "meia-boca". Para onde a gente olha, tem sempre um "estepe". Eu, sinceramente, não concordo com essa nova onda. Acredito que não vim ao mundo para ser apenas um rascunho. Quero (e acredito) ser boa profissional. Raciocina comigo: você é empresário e contrata alguém para trabalhar, sei lá, na recepção da sua empresa. Findo um mês de trabalho, o tal funcionário novo não consegue dar um "bom dia" a um cliente ou sequer anota recados. E não faz o mínimo esforço para ser agradável. Você, em sã consciência, renovaria o contrato do tal infeliz? Eu não.

O exemplo foi bobo, mas acontece na vida real. Estou falando isso porque acompanhei uma situação como essa há alguns dias. Era uma apresentação de Jazz. Orquestra norte-americana. Havia necessidade de um intérprete para os músicos, uma vez que ocorreram discursos em português. Eis que a tal "intérprete", ao traduzir a fala do apresentador, começou a cometer erros primários! Alguém falou: "é nervosismo". Eu penso diferente. Não é nervosismo, é despreparo. Desmazelo. É o tal negócio: "aprendi 6 palavras em inglês. Já sou fluente!". Acontece sempre. É o mesmo caso daquele "músico" de boteco que aprendeu quatro acordes e toca assim todas as músicas que conhece. E o povo gosta! E aquele que estuda, rala, se acaba de tanto treinar não é valorizado. É incrível. Ser bom, hoje, não quer dizer muita coisa.

Mas sejamos realistas: pra se conquistar algo é necessário ser bom. Não digo ser perfeito, pois isso ninguém é. Mas no mínimo é preciso ser esforçado e ter talento para o que se pretende fazer. Acha que o menino-peixe Michael Phelps, da natação, seria esse fenômeno que é hoje se não ficasse 10 horas por dia na piscina, treinando sem parar? Ou o espanhol Rafael Nadal, do tênis, seria o "Rei do Saibro" se não tivesse um mínimo de traquejo com a raquete? E olha que estou citando apenas o esporte.

Eu poderia dar um monte de exemplos de gente boa. Você, leitor guerreiro, provavelmente também tem vários exemplos aí. Também poderia citar vários "um-sete-uns" que estão aí prejudicando a imagem de quem é competente, capaz e não consegue seu lugar ao sol. E acredito que, assim como eu, você deve se irritar com esse pessoalzinho mais-ou-menos que está à solta, por aí, às vezes até competindo com você e se dando bem. Não sei dizer o porquê disso acontecer. Gostaria realmente de entender o motivo que faz a sociedade desprezar o talento e exaltar a mesmice. Será que quem é bom é acomodado? Não sei. Será que faltam oportunidades? Talvez. Será lobby em favor do vagabundozinho meia-boca? É, quem sabe?

Em resumo: hoje meu protesto é contra toda essa gente que prefere se meter onde não deve e fazer pela metade a batalhar para ser bom profissional. Não é só a Apollo 13 que tem problemas. Nossa sociedade passa por um problema de semi-profissionalismo crônico. Quanto a mim, já disse e repito: não estou no mundo para ser rascunho. E você, está?

sábado, 17 de maio de 2008

Frustrações

Algumas coisas acontecem e nos deixam meio frustrados. Você pára e fica assim, meio desnorteado: mas poxa vida, tinha de ser desse jeito? Por que JUSTO comigo?
Pois é. Isso me acontece às vezes. Quase sempre, para falar a verdade. Dias desses eu estava notando que minha lista de frustrações só aumentava em vez de diminuir. Resolvi colocá-la no papel, ou melhor, na tela do computador. Ei-la, então:
  • Eu queria ter uma casa na praia. Qualquer praia. Não, qualquer praia não, vai que meu desejo se realiza e me mandam para uma ilha distante do pacífico? Eu queria ter uma casa numa bela praia. Pode ser em Paraty, me contento com isso.
  • Eu queria ter um Troller amarelo. Ou um Jeep verde. Ah, para falar a verdade eu queria mesmo não ter de andar a pé.
  • Eu queria ter uma irmã, só para ter o prazer de pegar roupas emprestadas e nunca mais devolver.
  • Eu queria ser uma boa pessoa.
  • Eu queria que as pessoas não fizessem tanta hora com a minha cara.
  • Eu queria ter nascido na década de 50. Adoraria ter sido uma adolescente rebelde em 1968.
  • Eu queria escrever para a Revista piauí, mas ainda tenho de melhorar muito.
  • Eu queria brigar menos e amar mais.
  • Eu queria morar em Londres.
  • Eu queria ser boa no judô. Só consigo pés quebrados e ombros doloridos.
  • Eu queria não ter caído da escada em 1993. A inflamação no joelho acabou com todas as minhas chances de ser uma nadadora de alto nível. E eu era boa, pode acreditar!
  • Eu queria dirigir na mão inglesa, para já começar a me acostumar.
  • Eu queria atirar nos guardas da Rainha da Inglaterra, para ver se eles realmente continuam parados.
  • O item 4 é mentira!
  • Eu queria ter uma banda. Qualquer banda. Podia ser até de axé.
  • Eu queria não ter tendinite, para conseguir ter uma banda.
  • O item 4 seria somente com quem merece.
  • Com relação ao item 13, as balas seriam de borracha. Não quero morrer numa cadeia londrina nem ser deportada ao Brasil.
  • Eu queria ser socialmente responsável.
  • Eu queria escardinchar alguém. Seja lá o que isso for. Achei a palavra sonora.
  • Eu queria que as pessoas me ouvissem mais.
  • Eu queria reclamar menos, mas acho isso dificílimo.
  • Quer entender o item 20? Leia Rubem Braga.
  • Eu queria ter uma árvore de barras de chocolate, mas acho que isso é sonho de criança.
  • Eu queria ter uma sala de cinema exclusiva para mim.
  • Eu queria, como RC, ter um milhão de amigos. Mas que se importassem comigo.
  • Eu queria entender as pessoas. Mas isso, então, é "humanamente impossível", parafraseando Vinícius de Moraes.
  • Eu queria lembrar de mais coisas para minha lista, mas já estou me cansando.

Você pode estar pensando que tudo o que escrevi é um monte de bobagem. Para falar a verdade, não me importo. Cansei de ouvir as pessoas dizendo "pára de reclamar, existe gente em situação pior". Claro que estão certos. Mas hoje é meu dia de me frustrar. Na verdade, meu coração hoje "é um pote até aqui de mágoa". Todo mundo tem o seu dia, não é? Duvido que você já não esteja aí matutando na sua própria lista de frustrações. Que provavelmente é diferente da minha. Mas não deixam de ser frustrações.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ah, a paixão...

Eu comecei a escrever três diferentes textos hoje. Mas, devido aos recentes acontecimentos, tive de mudar novamente. Hoje vou falar de paixão. Sim, paixão por futebol! Existe algo mais inexplicável do que uma multidão de pessoas completamente diferentes entre si correndo ao estádio (ou ficando na frente da TV, como eu) para ver 22 marmanjos correndo atrás de uma bola por 90 minutos? Não dá para entender.


Pois bem, eu também não consigo entender muito bem o porquê da minha inexplicável paixão pelo mais querido, mais amado e mais cotado... o Flamengo, é claro. Uma vez uma amiga disse que os torcedores do Flamengo são "torcedores de moda", pelo fato de o time ter uma grande torcida, um grande apelo da mídia, etc etc. Pois eu digo que não. O torcedor de verdade tem paixão genuína pelo time; sofre, chora, ri, pula junto com a torcida, ouve o jogo escondido do patrão, num radinho vagabundo, quase não conseguindo escutar o que o locutor diz. Sabe a escalação de cor. Lembra de um jogo emocionante que assistiu debaixo de chuva, no estádio, que ele só conseguiu ver porque pegou dinheiro emprestado para comprar o ingresso... É incrível o que o futebol pode fazer. Veja só: estou aqui, escrevendo esse texto, completamente rouca de tanto gritar e totalmente sem unhas (porque foram completamente destruídas durante a partida final do Carioca, agora há pouco), só para falar da imensa felicidade que o mais querido sempre me proporciona (assim como foi hoje).

Quando eu tinha apenas quatro anos de idade (e eu me lembro disso como se fosse hoje), um dos meus tios veio nos fazer uma visita. Por incrível coincidência, tinha jogo do Flamengo no fim de semana. Era um Flamengo e Fluminense. Na minha casa eu tinha pai e mãe flamenguistas, o que já me fazia ter simpatia pelo clube. Mas eu fiquei impressionada com o jeito como meu tio torcia pelo rubro-negro. O Flamengo ganhou aquela partida, que não era nem final, nem nada, mas ele estava tão emocionado com a vitória que apontava para a TV e me dizia: "você é flamenguista, minha filha? tem que ser, tem que ser, não há time melhor"... acho que foi aí que tudo começou. Comecei a vigiar os dias em que passavam jogos do Flamengo na TV. Passei a gostar muito (mais do que eu já gostava) das cores vermelha e preta. Nas brincadeiras na escola, se tinha futebol, meu time era sempre o Flamengo, senão dava briga.

Já adolescente, a paixão era mais visível: eu acompanhava programas de esporte, tinha embates táticos com meus amigos e fiquei por uma semana tendo de aguentar a zoação pela vitória do Fluminense no carioca de 1995 (aquela, do gol de barriga do Renato Gaúcho). Disse que teria volta, e teve: no ano seguinte, enquanto tricolores nem tinham por quem torcer na final, o rubro-negro calava a torcida vascaína com uma vitória por 2 x 0. Minha comemoração naquele ano foi em alto estilo: com direito a show do Paralamas do Sucesso (era festa aqui, na minha cidade) e Hebert Vianna, flamenguista doente, vestido com a camisa rubro-negra durante todo o show. Em 2000, estudando fora, assisti ao jogo no meio de um monte de desconhecidos, num bar próximo à república onde morava. E ainda participei de carreata depois do jogo! Futebol também ajuda a fazer amigos, ora pois!

Em 2001, eu estava tocando na missa, no momento da final do carioca. Flamengo x Vasco. Escapei da igreja momentaneamente, a tempo de ver a pintura de gol que o Petkovic fez: golaço de falta, no ângulo. 3 x 1 Flamengo. E ainda consegui voltar pra dentro da igreja a tempo de tocar a música de comunhão, hahaha. Deus vai me perdoar.

E a minha louca paixão por esse time que "me mata, me maltrata, me arrebata de emoção no coração" continua. Hoje fiquei em casa, sofrendo sozinha e me matando de gritar a cada gol e cada lance. É por isso que afirmo que não é modismo, longe disso: é amor genuíno mesmo. Aposto que é assim com qualquer torcedor, seja para qual time ele torça. Os artistas estão aí para me provar isso: o grande Nelson Rodrigues, Chico Buarque, e seu Fluminense; Djavan e Jorge Ben, flamenguistas; Kleiton e Kledir Ramil, colorados... isso para citar alguns. Todos eles se remetem aos times do coração em uma ou outra composição. Se isso não é amor à camisa, não sei o que é.

Bom, agora já chega, porque ainda preciso comemorar a grande vitória de hoje e implicar com os adversários, é claro! Senão, de que adianta ganhar??! Tem que zoar, tem que zoar! Agradecendo a paciência, aguardo meu leitor guerreiro para mais uma crônica, que já tem, pelo menos, três introduções diferentes, hahahaha. Até a próxima!


Musiquinhas da vitória:
"Vamos Flamengo, vamos ser campeões, vamos Flamengo, minha maior paixão, vamos Flamengo!"
"E ninguém cala esse chororô, chora o presidente, chora o time inteiro, chora o torcedor!" (para acabar com os botafoguenses)
"Tu és time de tradição, raça amor e paixão, oh meu Mengo!
Eu sempre te amarei, onde estiver estarei, oh meu Mengo!"

Esse texto foi escrito (e só poderia ter sido escrito assim) ao som do Hino do Flamengo!

ah, aproveito para dar os créditos da foto do "quem sou eu" ao Sr. Stéfano "Popov" Fabris, um fotógrafo-cantor-companheiro de filmes-parceiro de banda "porreta".

abraço aos leitores desse blog, especialmente aos flamenguistas, e meus pêsames aos botafoguenses. Aliás, fiquem contentes: vocês tiraram do Vasco o título de vice... hahahaha!

sábado, 26 de abril de 2008

Um momento retrô

Tem certas épocas da vida em que a gente fica meio nostálgico. Talvez por saudade do que já passou, mas na verdade acho que é porque a gente está é ficando velho mesmo.

Dias desses estava fuçando o orkut e achei uma comunidade de um filme que marcou minha infância: "As sete faces do Dr. Lao". Marcou mesmo! Fiquei algumas noites sem dormir por causa do dragão de sete cabeças... claro, temos que levar em consideração o fato de eu ser uma indefesa criança de sete anos que morria de medo da Cuca e do Hulk (por coincidência, dois personagens verdes). Com o passar do tempo, é claro (e também depois de ver inúmeras vezes o mesmo filme na Sessão da Tarde), o medo se transformou em fanatismo.

Os filmes a que eu assistia, naquela época, eram todos meio parecidos. Toscos, na verdade. Mas é justamente aí que está a beleza da coisa. Na tosqueira. E é esse o grande atrativo desses filmes, que os transformam em clássicos (ou, como diz um amigo meu, crááássicos!) e que fazem a nostalgia bater mais forte. Ah, é claro, esqueci-me de situar você, leitor guerreiro: minha querida (e não muito distante, hahaha) infância foi na década de 80, aquela dos mullets, cubos mágicos, teclados do A-Ha, Armação Ilimitada e tudo mais. Mas voltando à tosqueira, ou melhor, aos filmes, vamos aos fatos que comprovam o "poder de sedução" dos velhinhos:

A primeira trilogia Star Wars, cheia de efeitos da idade da pedra lascada, é muito mais bonita do que a segunda. Quem não queria ter aquelas espadas a laser e um robô C3PO? Os efeitos especiais atuais são modernos, mas a imaginação daquela época era bem mais divertida. O Hulk com Lou Ferrino me dava medo (já falei isso?); o novo Hulk, digital, ao contrário, me fez dormir no cinema. O Superman com Cristopher Reeve é mais legal do que o atual (que só tem como atrativo o Kevin Spacey, perfeito como sempre). Pense bem em como tudo aquilo era novidade: um super-herói cruzando o céu como um avião, tudo aquilo que a gente só conseguia imaginar ao ler nas revistinhas, transformado em realidade... e com efeitos especiais! Fantástico! Falando em fantástico, como não lembrar da História Sem Fim, e seus personagens além da imaginação... como eu almejava voar naquele cachorro gigante... ah, tempo bom...

Parando para pensar nessa sessão "tempo bom que não volta mais", me veio à mente uma teoria um tanto lógica: da mesma forma que eu estou aqui, saudosista, alguém que viveu os anos 50 também deve ter ficado pasmo com a década oitentista e ter exaltado sua infância; sendo assim, lá pelos idos dos anos 2040, minha futura filha, Alice, também olhará com saudade para a década de 2010, na qual (espero eu) ela passou sua infância feliz assistindo aos filmes bons e ouvindo as músicas boas daquela época. Acho que, na verdade, é sempre assim: ninguém está satisfeito, e só o que você gostou ou viveu é bom. Mas se não for assim, qual a graça?

Caramba. Comecei me lembrando de um filme e terminei fazendo planos para minha prole que ainda nem existe! Estou começando a ficar com medo desses textos. Mas, voltando à linha de pensamento, peço que me entendam: não estou dizendo que não existem filmes bons depois da década de 90. Só digo que é deles que sinto saudade; hoje, se sentar para assistir a algum daqueles filmes, será por pura diversão.

Já está na hora de terminar essa crônica, e nesse ponto eu sempre tenho problemas. Nunca consigo finalizar decentemente um texto! Vou começar a escrever do fim, na próxima vez. Assim, a inspiração vai ficar toda no "the end", e eu não precisarei ficar inventando coisas para que você, guerreiro que lê essas baboseiras, chegue até o final... bom, é isso, é o fim da crônica. Ah, claro, seja você também um nostálgico! Não faz mal e só lhe trará lembranças boas. Faça um teste e depois me diga se não é verdade o que acabo de dizer...






Esse texto foi escrito ao som de:
Bizarre love triangle - Frente!
Hollow - A Perfect Circle
What Can I Do - The Corrs
O Vencedor - Los Hermanos
Autumn Song - Incognito

um beijo para o Luiz, meu fiel leitor, redator e incentivador.
abraços para os leitores dessas linhas tortas e toscas.
e o sonho de ser legal ainda persiste...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Abrindo essa bagaça

Sim, me rendi ao mundo dos blogs.
Foi uma luta cruel porque meu lado tímido (todo aquariano tem um) me dizia: "não, não faça uma bobeira dessas, ninguém vai ler essa porcaria". Já a minha porção narcisista (sim, aquarianos são extremamente narcisistas) dizia: "PQP!! Se qualquer mané faz um blog, por que você não faria um? (perdoem-me os manés, mas meu lado narcisista é meio grosseiro)". Pois então, criei o bendito.
Agora você deve estar se perguntando sobre o porquê desse nome ridículo (meu sonho é ser legal? como assim?). Pois é. Navegando aleatoriamente na net, achei diversos blogs bacanas. Pensei comigo: putz, será que um dia conseguirei escrever como essas pessoas e ter um blog legal desses? Foi aí que a ficha caiu. Ops, eu não sou legal! Quero ser assim também!! Quero ter um blog bacana e receber comentários bacanas! Então, com essa historinha ridícula, eu explico a você, que está aqui pacientemente lendo essa besteirada, o motivo de ter criado um blog com esse nome.
A intenção desse trem aqui é colocar na net os meus textos (que, aliás, ainda serão escritos). Ah, fala sério. Não é nada disso. A intenção mesmo é para eu aparecer. Não, não. É para mostrar os textos mesmo. Agora estou falando sério.
Pois então, agradeço a paciência, pois se você chegou até ao final desse texto, pode ser considerado um guerreiro.
Até a próxima oportunidade, na qual (eu espero) haverá um texto um pouquinho mais inteligente que esse...